A Língua Portuguesa
Olavo Bilac
Última flor do Lácio, inculta e bela,
És, a um tempo, esplendor e sepultura:
Ouro nativo, que na ganga impura
A bruta mina entre os cascalhos vela...
Amo-te assim, desconhecida e obscura
Tuba de alto clangor, lira singela,
Que tens o trom e o silvo da procela
E o arrolo da saudade e da ternura!
Amo o teu viço agreste e o teu aroma
De virgens selvas e de oceano largo!
Amo-te, ó rude e doloroso idioma,
Em que da voz materna ouvi: «Meu filho!»
E em que Camões chorou, no exílio amargo
O génio sem ventura e o amor sem brilho.
.....................
Sempre gostei de escrever.Desde muito cedo sempre adorei diários, agendas e etc.Postar em um blog, ainda por cima falando sobre "a última flor do Lácio", será acima de tudo um prazer.
Não por acaso resolvi dar este título ao blog, na verdade foi a primeira coisa que me veio a cabeça quando pensei em minha relação com a língua portuguesa.
domingo, 13 de julho de 2008
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